Diversos militantes bolsonaristas protagonizaram um protesto na manhã desta quarta-feira (02) em frente ao Tiro de Guerra, órgão subordinado ao Exército Brasileiro, na zona leste de Londrina.
Com cartazes, os manifestantes se diziam contrários ao resultado das eleições presidenciais que elegeu Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e pediam “intervenção militar” e “federal” para manter o presidente derrotado na disputa, Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Alguns com camisetas da CBF, outros apenas vestindo roupas verde e amarela, os militantes empunhavam bandeiras e cantaram o hino nacional por algumas vezes. Também expressaram palavras de ordem contra o presidente eleito, Lula.
O protesto em Londrina vem em uma onda de manifestações após as eleições. Primeiro, caminhoneiros bolsonaristas fecharam rodovias, e forçaram uma paralisação de parte da categoria, que devido aos protestos não conseguiram cumprir a entrega de cargas.
Esse fato gerou desabastecimento de combustíveis, e em algumas cidades, de insumos, principalmente nos estados do sul e do sudeste. No nordeste e no norte do país, os protestos não tiveram tanta força, exceto nas capitais.
Na segunda-feira (31), ruralistas fecharam a PR-445 entre Londrina e Cambé. A rodovia foi liberada no dia seguinte, depois que o STF determinou que as polícias agissem para desobstruir as vias, mesmo se necessário o uso da força – o que não foi preciso, pelo menos no Paraná.
Os protestos deflagrados pelos bolsonaristas são considerados atos ilegais, porque atentam contra a democracia e com o resultado das eleições, que já foram reconhecidas por mais de 70 países. Eles ainda pedem entre outras coisas, que o presidente Lula seja impedido de tomar posse em 01 de janeiro, e que as Forças Armadas intervenham em um golpe de estado.
Como argumento para tal sandice, eles afirmam que houve fraude nas urnas eletrônicas, e retomaram a pauta sobre o voto impresso. A empreitada acredita que um terceiro turno é possível, mas o TSE descartou completamente essa hipótese, enquanto que o Comando do Exército disse que não há a menor possibilidade de uma intervenção.
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