A Frente Brasil Popular lançará, no sábado (13), em diversas cidades do Brasil, o Comitê Popular pelo Direito de Lula ser Candidato. Em Maringá, o evento está marcado para as 9h30 na Câmara Municipal.
Em vídeo, a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR), presidente do Partido dos Trabalhadores (PT), convidou a comunidade a participar do lançamento. “Compareça lá, você que defende a democracia e sabe que isso é importante para o país, para nossa história, para nosso povo. Dê sua força para depois reproduzir esse comitê não só por Maringá, mas por todos os municípios do norte do Paraná”, disse.
O evento ganhou repercussão. Movimentos como Patriotas do Brasil, Movimento Brasil Livre (MBL) e União Nacional dos Estudantes Democráticos (Uned) marcaram atos em frente à Câmara também no sábado.
Cássia Franzoi, diretora do Patriotas do Brasil em Maringá, afirmou que “somos totalmente contra esse comitê porque não aceitamos que bandido condenado seja candidato à presidência. Maringá é a favor da prisão do Lula. É uma afronta esse evento na terra do juiz Sérgio Moro”.
A reserva do plenário da Câmara para o evento foi feita pelo vereador Carlos Mariucci, presidente do PT em Maringá, que explicou que reservou o lugar “da mesma forma que reservaram para o Bolsonaro [que esteve na cidade em maio de 2017]. Estão fazendo barulho sem nexo. Estamos convidando quem defende a democracia e o direito de Lula ser candidato”.
SEGURANÇA
Mariucci, preocupado com a segurança, contatou a Polícia Militar (PM) para que haja policiamento no local do evento. “Num país livre, é fundamental que tenham diferentes pensamentos, democracia. Todos que pensam como a gente estão convidados – aqueles que não, que marquem um comitê em outro dia”, acrescentou.
JULGAMENTO
Os atos públicos iniciados a partir de sábado são demonstrações de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que será julgado em 24 de janeiro no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, em análise do caso do tríplex do Guarujá (SP).
Lula já foi condenado em primeira instância pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato, a nove anos e meio de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.