Em meio a rumores sobre pedido de demissão, Moro e Bolsonaro se calam

Redação
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Depois do jornal Folha de S.Paulo vazar a informação de que o ministro da Justiça Sergio Moro havia pedido demissão do cargo, por não concordar com a troca do diretor da Polícia Federal (PF), deputados bolsonaristas saíram na vanguarda e acusaram o jornal de ter publicado uma informação falsa.

O deputado Filipe Barros (PSL-PR) foi enfático em seu perfil no Facebook. “Moro não pediu demissão!” e publicou uma foto com a notícia publicada pelo jornal.

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Já a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) que chegou a subir a hashtag #FicaMoro no Twitter, mas depois apagou o post, foi a mais ardente na defesa do ministro. Ela acusou o jornal de ter publicado fake news, e disse que “a notícia irresponsável provocou a queda da Bolsa e a alta do dólar”.

RUMORES SOBRE DEMISSÃO

A informação do jornal veio de interlocutores no Ministério da Justiça. Depois do presidente Jair Bolsonaro ameaçar a trocar a direção da PF, atualmente comandada por Maurício Valeixo, o ministro Sergio Moro teria dito que se isso acontecesse, ele não ficaria no cargo.

Entretanto, a assessoria do Ministério da Justiça não confirmou a informação sobre o pedido de demissão, e disse que a agenda do ministro estava mantida para o dia. O próprio Sergio Moro não se manifestou sobre o assunto.

Segundo um interlocutor do MJ, não houve uma justificativa clara apresentada para a substituição de Valeixo do cargo. Conforme os relatos, publicados pela jornalista Andréia Sadi, o problema para Bolsonaro não é Maurício Valeixo, e sim o próprio ministro.

Conforme os interlocutores, a intenção de Bolsonaro seria colocar na PF um nome próximo dele. O atual diretor-geral é visto como ‘braço direito’ de Moro, e com a troca, a avaliação é que o sucessor não teria um perfil similar.

Valeixo foi superintendente da PF no Paraná durante a operação Lava Jato, enquanto o juiz federal era responsável pelos processos da operação na primeira instância. A escolha dele para o cargo foi anunciado em novembro de 2018, antes mesmo da posse do governo.

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