O ministro da Fazenda, Fernando Haddad apresentou na semana passada, o pacote de corte de gastos na economia do Brasil. O pronunciamento feito em TVs abertas e rádio geraram muita discussão entre economistas e empresários, mas os impactos serão sentidos pela população em geral, principalmente os trabalhadores.
Falas do Ministro
No discurso, Haddad diz que medidas necessárias foram tomadas para proteção da economia. ”O Brasil não apenas recuperou o tempo e o espaço perdidos, mas voltou a ocupar seu lugar de destaque no mundo, entre as dez maiores economias. Agora, crescemos de forma consistente, com um PIB superior a 3% ao ano. O desemprego, que castigava nossa gente no período anterior, colocando milhões de famílias abaixo da linha de pobreza, hoje está entre os mais baixos da nossa história”, afirma ele.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, a taxa de desemprego caiu para 6,2% no trimestre encerrado em outubro. Além disso, Haddad mantém seu compromisso em defesa e proteção dos programas instaurados pelo atual Governo como Minha Casa Minha Vida, Pé de Meia, Desenrola e Acredita que ajudam quem quer empreender e recuperação de créditos.
Medidas do pacote
A proposta lista várias medidas a serem tomadas, entre elas, “a instituição de uma idade mínima para militares chegarem à reserva e a limitação de transferência de pensões” e o abono salarial assegurando a quem ganha até R$2.640. Com o apoio do presidente Lula, foi aprovada a reforma da renda, ou seja, quem ganha até R$5 mil por mês, não pagará mais Imposto de Renda. E este déficit será compensado por quem ganha mais de R$50 mil na forma de lucros e dividendos. Estas medidas trazem ao contribuinte de baixa renda, impostos zerados em cestas básicas e até no preço da carne.
Além disso, o ministro afirmou que “estas medidas vão gerar uma economia de R$70 bilhões nos próximos dois anos e consolidam o compromisso deste governo com a sustentabilidade fiscal do país”.
O objetivo do corte de gastos é equilibrar as contas públicas e cumprir medidas fiscais. Mas na prática, é necessário aumentar a arrecadação e diminuir as despesas. De forma efetiva, o mais próximo que o Governo chegou de cortar gastos foi em agosto, ao fazer um pente-fino em benefícios sociais. Ainda é esperada uma economia de R$327 bilhões até 2030.