
O presidente da república Michel Temer pode não durar até o final de 2018, se assim for a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prestes a julgar a cassação da chapa Dilma-Temer nas eleições 2014. A ação foi proposta pelo PSDB.
A suspeita é que a campanha que elegeu a agora ex-presidente Dilma, tenha sido bancada com dinheiro proveniente de corrupção. Na no último dia 1º, o executivo Marcelo Odebrecht confirmou à Polícia Federal, repasse de R$ 150 milhões à chapa encabeçada pela petista. O valor foi pago mediante a favores e votações que beneficiassem empresas controladas pela empreiteira Odebrecht, no congresso nacional.
Michel Temer, que tinha a intenção de permanecer até o final do mandato, agora pode ser substituído por Eunício Oliveira (PMDB), presidente do Senado, também investigado na Operação Lava Jato. Caso deixe o cargo, eleições indiretas podem ser convocadas, abrindo oportunidade para deputados e senadores serem eleitos indiretamente. Nessa relação está Aécio Neves (PSDB) e Jair Bolsonaro (PSC).
Eleições 2018
Além de todos os fatos que podem culminar na queda de Michel Temer, do outro lado, o PT se prepara para lançar Lula candidato em 2018. As últimas pesquisas mostram o ex-presidente pontuando em primeiro lugar, com mais de 24% das intenções de voto.
Nem o PSDB, quando o PMDB possuem um bom nome para lançar na disputa, o que é vantagem ao PT. Na oposição, apenas Jair Bolsonaro se apresenta como opção mais viável.
O que é certo, é que se Michel Temer cair, mais uma vez, haverá turbulência na política nacional, o que pode ser perigoso para a democracia, já abalada com um Impeachment duvidoso, porém aceitável, da presidente Dilma Rousseff.