Chega a informação de que há uma guerra fria em curso na Cohab de Londrina (Cohab-LD).
A indefinição gira em torno do novo presidente, a ser anunciado em breve pelo prefeito Marcelo Belinati.
A aproximação do grupo político de Alex Canziani do prefeito, e as especulações sobre ele ser um dos nomes possíveis para a companhia, incomodou a ala que compõe o grupo do deputado federal Filipe Barros (PSL-PR).
Embora Barros não tenha dado apoio formal na eleição de Marcelo Belinati, e até chegou a se lançar candidato (mas desistiu após uma pesquisa interna que mostrou que ele teria em torno de 18 mil votos), a participação dele na campanha pareceu “velada”.
A boa relação com a prefeitura e a influência de Barros sobre a Cohab se evidencia com seu tio, Emerson Barros, que chegou a ser nomeado em um cargo na companhia. Há quem diga, no entanto, que as coisas não são como antes.
Filipe Barros perdeu espaço para Canziani, que costurou uma aliança muito mais forte e participativa. Com isso, o nome do ex-deputado federal e potencial candidato ao posto em 2022 veio à tona como potencial indicado para uma das companhias – entre elas, a Cohab, que tem perfil popular e visibilidade dentro da gestão, por tratar de um assunto de interesse público: a habitação.
GUERRA FRIA
A especulação sobre o grupo de Canziani na Cohab-LD chegou como um cataclismo. Com isso começou uma guerra fria entre os dois grupos, e o stress está sendo inevitável. Se por um lado o grupo do Alex tenta costurar uma chegada pacífica, raios e trovões são lançados pelo outro lado.
Comentários que circulam dentro da própria companhia revelam ranger de dentes e unhas comidas, para saber o que enfim vai acontecer.
Uma das hipóteses, é que o presidente Luiz Cândido, mais próximo de Filipe Barros, deixe o comando da companhia e retorne à função que exercia de carreira.
Outro que pode deixar o alto escalão na Cohab é Edmilson Salles, que segundo comentários quentes, ainda não foi confirmado nessa gestão e até considera retomar as atividades como comerciante de confecções.
Essa troca acontece também influenciada pela falta de recursos federais na companhia, que mesmo tendo uma diretoria próxima de um parlamentar da base do Governo Federal, não conseguiu verbas para a execução de projetos populares para reduzir o déficit habitacional em Londrina, que beira 7 mil famílias.
Em quatro anos, apenas 19 unidades foram entregues para essa finalidade na Vila Romana. Por outro lado, a companhia buscou parcerias público-privadas, que em resumo, não contemplaram quem não tem renda ou condições para fazer um financiamento.
Como diz um grande amigo meu: Política é a arte do impossível, e tudo pode acontecer.