O cantor e compositor mineiro Gusttavo Lima, de 35 anos, declarou nesta quinta-feira (02) que poderá concorrer à presidência da República nas eleições de 2026. O cantor não tem filiação partidária até então, mas afirmou que vai começar a conversar com grupos políticos que compartilhem de suas ideias, afim de definir um direcionamento para sua possível candidatura.
A declaração foi dada em entrevista ao portal Metrópoles, onde Gusttavo Lima disse estar cansado “dessa história” de direita e esquerda, e que sua candidatura não estará vinculada a nenhuma ideologia específica. Apesar de ter apoiado publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, Gusttavo destacou que sua candidatura não estará alinhada com nenhum dos ideais do ex-presidente. Na época, o cantor, junto com outros artistas, se encontrou com o então presidente no Palácio da Alvorada. Gusttavo afirmou ainda que, mesmo com essa “parceria”, não obteve apoio ou ajuda do ex-presidente.
+Acesse nosso canal do Whatsapp
+Acesse nosso canal do Telegram
O cantor explicou que deseja “fazer a roda girar”, pois, segundo ele, conhece muitas pessoas e empresas:
“Conheço muita gente e, embora eu nunca tenha ocupado nenhum posto político, eu sou um empreendedor. Montei muitas empresas e sei como fazer para a roda girar. A gente tem que desburocratizar para o país funcionar melhor. Os pobres estão sem poder de compra, e o setor do agronegócio não aguenta mais pagar impostos e não ter benfeitorias para investir em seus próprios negócios. Eu acho que posso ajudar, talvez mude de ideia até 2026, mas hoje a minha disposição está muito inclinada para me tornar um candidato à Presidência da República em 2026…”
Investigações
Nos últimos anos, Gusttavo Lima esteve envolvido em investigações relacionadas a contratos milionários de shows com prefeituras. Alguns desses contratos levantaram suspeitas de possíveis desvios de dinheiro público. Mais recentemente, em setembro de 2024, o cantor foi indiciado por suposto envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e com organizações criminosas ligadas a casas de apostas.
No dia 23 de setembro, antes de seu indiciamento formal, a prisão do cantor foi decretada, porém a Procuradoria-Geral da Justiça do Estado de Pernambuco suspendeu e arquivou a decisão. Em outubro, o Ministério Público de Pernambuco declarou que não havia provas suficientes para sustentar qualquer acusação de envolvimento em operações financeiras ilegais.