Por 13 votos contra 5 a maioria simples dos vereadores da Câmara Municipal de Londrina votaram favoráveis ao Projeto de Lei (PL) que estabelece aumento de 5,71% nos salários dos políticos, e ainda concede reajuste aos servidores da casa.
O texto passou em primeira discussão e em regime de urgência. A PL havia sido protocolada pela manhã na casa de leis, e em especial a mesa diretora, liderada por Emanoel Gomes (Rep) tinha pressa pela aprovação da demanda.
Cada vereador atualmente recebe R$ 12,9 mil. Com o aumento, o valor bruto passa para R$ 13.636,59. Já o pagamento a Emanoel Gomes passa de R$ 15 mil mensais para quase R$ 16 mil.
Somente os vereadores Santão (PSC), Mara Boca Aberta (PROS), Giovani Mattos (PSC), Roberto Fu (PDT) e Jessicão (PP) votaram contra. A vereadora Flávia Cabral (PTB) estava ausente da sessão e os demais todos foram favoráveis.
Emanoel Gomes defendeu a medida e afirmou que os salários estavam defasados em relação aos ganhos do prefeito Marcelo Belinati, que está em torno de R$ 21,5 mil. Já os servidores da Câmara anualmente recebem o reajuste inflacionário.
A vereadora Jessicão (PP) entendeu o texto como uma pegadinha, já que as propostas poderiam ser votadas em separado. Gomes preferiu unificar o PL para forçar o voto favorável dos vereadores, já que o voto contrário seria também uma posição contra o aumento para os servidores do lesgislativo, o que causaria certo constrangimento nos edis.

“Votar o aumento do salário [dos vereadores] não deveria ser uma urgência. Isso deveria ser antes debatido com a população. E depois que o projeto poderia ser dividido entre os servidores e os vereadores”, declarou Jessicão à reportagem.
Já a vereadora Mara Boca Aberta disse que vai apresentar uma emenda ao texto para permitir a doação valor do aumento a instituições beneficentes. “Eu reafirmo a posição da família Boca Aberta de ser contra o aumento, algo que sempre pregamos“, disse em plenário.
Ela também espera que, os vereadores que votaram contra, sigam seu exemplo e doem o adicional para o organizações sociais, como o Hospital do Câncer por exemplo.
A aprovação em primeira discussão é apenas uma das etapas. Na quinta (16) os vereadores voltam a se reunir para discutir o assunto e votar a pauta em segundo turno. A proposta tem apoio de ampla maioria da base de Belinati na Câmara.
Uma vez aprovado, o reajuste passa a ser contabilizado já nesse mês, sendo que o primeiro salário com o valor corrigido será pago em 28 de fevereiro.
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