Ministério Público pede cassação do prefeito de Curitiba por abuso de poder político

Prefeito e vice são acusados de abuso de poder político e uso da máquina pública para financiar campanha com doações forçadas de servidores.

Derick Fernandes
2 min de leitura
Eduardo Pimentel teve pedido de cassação feito pelo MPPRFoto: Divulgação
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O Ministério Público do Paraná (MPPR) pediu a cassação do mandato do prefeito de Curitiba, Eduardo Pimentel (PSD), e do vice-prefeito, Paulo Martins (PL), por suspeita de abuso de poder político e de autoridade nas eleições municipais de 2024. O pedido, assinado pela promotora eleitoral Cynthia Maria de Almeida Pierri, também solicita a inelegibilidade de ambos, além do ex-superintendente municipal Antônio Carlos Pires Rebello e do atual secretário estadual de Desenvolvimento Sustentável, Rafael Greca.

A denúncia envolve o suposto uso da máquina pública para financiar, de forma irregular, a campanha de Pimentel. Conforme o MPPR, servidores comissionados da Prefeitura teriam sido coagidos por Rebello a comprar convites no valor de R$ 3 mil para um jantar de arrecadação do PSD, realizado no dia 3 de setembro de 2024. As contribuições deveriam ser feitas em nome de terceiros, com o objetivo de burlar a fiscalização.

“Há relatos, inclusive documentados em áudios, de ameaças explícitas de exoneração a servidores que não colaborassem com a campanha de Eduardo Pimentel”, detalhou a promotora no documento protocolado à Justiça Eleitoral. A investigação aponta ainda que Rafael Greca, então prefeito em fim de mandato, teria apadrinhado diretamente a candidatura de Pimentel.

A defesa dos acusados argumenta que as gravações usadas como prova são ilícitas por se tratarem de registros ambientais não autorizados judicialmente. Também alegam que as doações foram voluntárias e que os candidatos não tinham conhecimento das supostas pressões.

O caso agora será analisado pela Justiça Eleitoral, que pode cassar o mandato de Eduardo Pimentel e torná-lo inelegível, o que abriria espaço para novas movimentações políticas na capital paranaense.

A Prefeitura de Curitiba ainda não se manifestou oficialmente.

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