O governador Ratinho Junior (PSD) anunciou nesta sexta-feira (11) que a vacinação contra a Covid-19 no Paraná deve ter início a partir de março do ano que vem. Ratinho argumenta que a partir de março o Governo Federal deve distribuir doses suficientes do imunizante para vacinar boa parte da população brasileira, e que o Plano Nacional de Imunização, que está sendo construído pelo Ministério da Saúde, se adapta à realidade do Paraná.
Ratinho ainda disse que o cronograma que será seguido foi definido pelo Governo Federal, e que ainda idosos e profissionais de saúde serão os primeiros a receberem a vacina. A data de início da aplicação ainda não foi definida e depende da negociação do Ministério da Saúde com laboratórios para a compra dos imunizantes. Como o governo não se adiantou no fechamento dos acordos, pode ser que as empresas tenham disponibilidade de fornecimento apenas a partir de abril, mas ainda isso não é certo. A alta demanda da compra das vacinas levou aos países a encomendarem doses com antecedência.
O governador também detalhou que a decisão de esperar o PNI também segue o rito da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que deve aprovar a vacina contra Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca apenas no final de fevereiro. Levando em consideração o uso emergencial das vacinas para profissionais de saúde, o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, disse que estes trabalhadores no Paraná podem ser vacinados mais cedo, ainda no início de fevereiro.
COMPRA DE VACINAS
O governador disse que confia no Governo Federal para o fornecimento das doses e por enquanto descartou a compra por iniciativa do estado. Segundo Ratinho, o Paraná tem R$ 200 milhões aprovados na Lei Orçamentária Anual de 2021 para a compra de imunizantes.
“Acredito que a condução do Ministério da Saúde de falar com vários laboratórios e conforme vai tendo essa fabricação mundial, de fornecimento, é provável que a gente não tenha a necessidade de fazer essa compra”, disse.
Ratinho também disse que se reuniu com representantes da Pfizer em outubro, mas não revelou detalhes sobre a reunião e nem se o estado vai comprar doses do imunizante, que está sendo aplicado no Reino Unido.
De acordo com o governador, o estado tem se preparado para ter insumos suficientes para a aplicação das doses quando elas estiverem disponíveis. O governo informou que o estado tem 11 milhões de seringas para usar na imunização e abriu registro de preço para adquirir outras 16 milhões de unidades.
O governo também informou que tem um processo licitatório de R$ 22 milhões em andamento para aquisição de equipamentos como máscaras, luvas, gorros, aventais e algodões.
Segundo o secretário Beto Preto, existem 1.850 salas de vacinação no Paraná, mas que este número pode ser ampliado caso seja necessário realizar a vacinação “extramuros”.
REFRIGERADORES
O plano do Paraná também considera a compra de câmaras frias para o armazenamento das doses. Os recursos devem ser repassados pelo Ministério da Saúde e a licitação está prevista para acontecer até março.
Os equipamentos são necessários pelo fato de o imunizante produzido pelos laboratórios Pfizer e BioNTech, por exemplo, precisarem ficar armazenados a temperaturas de -70º. Já a Coronavac, do laboratório chinês Sinovac, tem que ser mantida entre 2º e 8º.
O governo prevê a entrega de 50 câmaras frias já nas próximas semanas, além de freezer e equipamentos de ar condicionado, que já foram adquiridos.
Até fevereiro, outras 110 câmaras devem ser entregues a 98 cidades com até 100 mil habitantes. O governo faz ainda a licitação para a compra de contêineres e caminhões refrigerados para armazenamento e transporte das doses.