Relatório das Forças Armadas descarta fraude nas eleições

Documento foi entregue ao Tribunal Superior Eleitoral.

Derick Fernandes
3 min de leitura
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Ao duvidar da lisura do processo eleitoral, Bolsonaro forçou relatório, que não identificou fraude nas urnas.Foto: Antônio Cruz / EBCA

Foi entregue no início da noite desta quarta-feira (09) o relatório elaborado pelas Forças Armadas sobre as eleições 2022 no Brasil. O documento afirma que não foram encontradas irregularidades no processo eleitoral, mas alerta sobre a possibilidade um “código malicioso” apresentar risco ao sistema, e aponta sugestões para melhorias ao TSE.

“Dos testes de funcionalidade, realizados por meio do Teste de Integridade e do Projeto-Piloto com Biometria, não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”, diz

Conforme o documento, os boletins de urna impressos estão em conformidade com os dados disponibilizados pelo TSE e descarta fraude que altere o resultado da votação.

Em face das ferramentas e oportunidades de fiscalização definidas nas Resoluções do TSE e estruturadas no Plano de Trabalho da EFASEV, a fiscalização constatou que o Teste de Integridade, sem biometria, ocorreu em conformidade com o previsto. Quanto à fiscalização da totalização, foi constatada, por amostragem, a conformidade entre os BU impressos e os dados disponibilizados pelo TSE.”

diz o relatório enviado pela Defesa

Em uma nota enviada à Corte, o ministro da defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira sugere melhorias ao Tribunal Superior Eleitoral, como a criação de uma comissão específica, integrada por técnicos renomados, e por técnicos representantes das entidades fiscalizadoras.

O general ainda reafirma “o compromisso permanente” da pasta e das Forças Armadas com “o Povo brasileiro, a democracia, a liberdade, a defesa da Pátria e a garantia dos Poderes Constitucionais, da lei e da ordem”.

Leia a íntegra do relatório

As Forças Armadas foram convidadas em setembro do ano passado, pelo então presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, para integrar a Comissão de Transparência das Eleições, diante de questionamentos do presidente Jair Bolsonaro (PL) e de apoiadores sobre a integridade e lisura das urnas. Os militares, então, prometeram uma auditoria para apontar eventuais irregularidades encontradas no processo eleitoral.

O atual presidente da Corte Eleitoral, Alexandre de Moraes, havia determinado que o documento fosse publicado depois do primeiro turno. O Ministério da Defesa, no entanto, decidiu adiar a divulgação para depois do segundo turno.

A manobra inflamou protestos golpistas que eclodiram após a eleição e alimentou a tese de fraude no pleito, que deu vitória a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que assume em janeiro de 2023.

O Tribunal Superior Eleitoral informou que, como atestado por diversas entidades, o relatório elaborado pelas Forças Armadas também não identificou indícios de fraude ou manipulação do processo eleitoral, e que recebeu o documento com satisfação.

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