Ricardo Barros quer lei para criminalizar erros de institutos de pesquisa

Derick Fernandes
3 min de leitura
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O líder do governo na Câmara, o deputado federal Ricardo Barros, fala à imprensa no Palácio do Planalto

O deputado federal reeleito e líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR) disse que vai apresentar ainda nesta segunda-feira (03) um projeto de lei para criminalizar o erro nas pesquisas de intenções de votos nas eleições.

Em fala ao portal UOL na noite de domingo, Barros disse que o projeto vai estabelecer punições severas, entre cadeia e indenização, para os institutos de pesquisa cujos resultados às vésperas das eleições fiquem fora da margem de erro.

Não dá mais para fazer pesquisa fria com tanto descaramento

Afirmou Ricardo Barros

As pesquisas presidenciais da última semana divulgadas pelo Datafolha, IPEC e Quaest apontavam a vitória de Lula (PT) no primeiro turno, com porcentagem entre 49% e 51% dos votos válidos, ou seja, excluindo brancos e nulos. A margem de erro, que é de dois pontos percentuais nos três estudos, avaliavam que o petista poderia ter entre 47% e 53% nas urnas.

Lula obteve 48,43% dos votos, portanto, dentro da margem de erro. Não ficaram na margem de erro os resultados de Jair Bolsonaro (PL). Nas pesquisas, os últimos levantamentos dos institutos mostravam o presidente com porcentagem entre 36% e 39%. Mas Bolsonaro teve 43,2%.

Ricardo Barros, contudo, protestou pela discrepância dos resultados em São Paulo e no Rio Grande do Sul, em que as pesquisas marcavam a vitória de Fernando Haddad (PT) e de Eduardo Leite (PSDB) respectivamente. Mas ambos foram superados pelos bolsonaristas Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo, e Onix Lorenzoni (PL) no Rio Grande do Sul.

“Nestes estados não teve nada de margem de erro. Foram pesquisas frias, literalmente”, afirmou o Barros, que emendou ainda afirmando que seu projeto dirá: “Pesquisa publicada na véspera da eleição cujo resultado não coincida dentro da margem de erro é crime”.

Barros diz que proporá “pena alta, não só de cadeia como de indenização”. O líder erra ao dizer que não se tomou o cuidado de citar a margem de erro nas divulgações das pesquisas.

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