O ministro Gilmar Mendes presidente da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu na pauta da tarde de hoje (23) o julgamento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro no comando dos processos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Os ministros Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes votaram por considerar Moro suspeito na condenação no caso do triplex do Guarujá. Enquanto Cármen Lúcia e Edson Fachin, que votaram contra a suspeição na época, indicaram que devem fazer uma nova manifestação de voto.
O julgamento tinha sido suspenso pois o Ministro Nunes Marques, havia pedido vista (mais tempo para analisar o processo). Hoje Nunes liberou a ação na manhã desta terça-feira (23) que está prevista para começar na sessão da tarde, prevista para começar às 14h.
- Em primeira pesquisa com Lula, Bolsonaro lidera intenções de voto
- Sergio Moro vai dar aulas sobre combate à corrupção
A retomada do julgamento nesse mês de março de 2021, depois de ter começado em 2018, foi motivada pela decisão do ministro Edson Fachin em relação as condenações de Lula. Fachin anulou duas condenações do ex-presidente pela 13ª Vara da Justiça Federal de Curitiba, responsável pela operação Lava Jato, segundo ele a competência para julgar casos não era da justiça Federal de Curitiba, tendo determinado a remessa dos processos para a justiça Federal do Distrito Federal.
Em decorrência das condenações anuladas, Fachin declarou extintas, por “ perda de objeto”, as ações que questionavam a parcialidade de Moro.
Se a Segunda Turma confirmar a suspeição de Moro, o “caso tríplex”, cuja sentença impediu Lula de disputar a Presidência em 2018, teria de recomeçar do zero, já que todos os atos do processo, incluindo coleta de provas, seriam cancelados.
Sob supervisão do jornalista Derick Fernandes