O Ministério Público Estadual (MP-PR) remeteu para Londrina uma denúncia feita ao Ministério Público Federal (MPF) sobre um caso intrigante. A apuração corre sob segredo de Justiça, mas fontes da reportagem confirmaram que a investigação é de alto teor e envolveria pessoas importantes. As informações, por sua vez, foram confirmadas.
Ainda conforme apurado, a denúncia também usa como base um processo que tramita na Justiça de Londrina envolvendo a compra de muares, e que foi impetrado por um empresário do ramo do agronegócio.
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Documentos obtidos pela reportagem atestam que esse inquérito sobre os muares – que são animais equídeos como as mulas por exemplo – podem ter sido adquiridos com valores superfaturados por meio de instituições sem fins lucrativos e enriquecido ilicitamente – em altas cifras – os seus dirigentes, que por sua vez teriam importantes ligações religiosas e políticas no estado e no país.
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Os detalhes da denúncia feita ao MPF não foram revelados por estar sob sigilo. Mas a reportagem apurou que, tal como com os equídeos, os mesmos denunciados também são investigado por praticar as mesmas atividades em outros ramos além dos muares.
Documentos obtidos com exclusividade mostram conversas de WhatsApp dos investigados.
Dados financeiros e sigilosos foram ocultados nos documentos.
As conversas mostram o que seria a negociação sobre a compra e venda de muares envolvendo instituições sem fins lucrativos, em benefício particular dos envolvidos. O que chama a atenção é que os valores são negociados sempre em espécie. No primeiro caso, um dos investigados afirma que “é possível vender (um animal) por até R$ 33 mil”. No segundo caso, um dos investigados pedem para que o outro busque R$ 30 mil em espécie.
Veja:
Os detalhes investigados pelo MP podem ser apresentados como denúncia pela promotoria. Pela dimensão do caso, o potencial é para que seja de dimensões tão espantosas quanto à Lava Jato.