O ex-juiz e pré-candidato a presidência Sergio Moro tem até abril para atingir ao menos 10 pontos nas pesquisas de intenções de votos, e com isso garantir apoio do União Brasil para a disputa em outubro.
O partido, nascido de uma fusão do DEM e PSL teme que a presença do ex-juiz prejudique duas prioridades da legenda: a de eleger a maior bancada no Congresso, e o maior número de governadores.
Até o momento, Sergio Moro patina nas sondagens eleitorais e se mostra inviável como uma terceira via enquanto está com apenas um dígito nas pesquisas.
Os dirigentes do União Brasil aproveitam o momento para trabalhar os palanques locais e fortalecimento dos nomes de maior destaque.
No último levantamento do Datafolha, entre 13 e 16 de dezembro, o ex-ministro de Bolsonaro tinha 9% das intenções de voto, contra 22% de Jair Bolsonaro enquanto o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) liderava com 48% das citações.
MORO NO UNIÃO BRASIL
Ainda há possibilidade, mas os dirigentes não creem, em uma possível ida de Moro para o União Brasil. Essa hipótese foi cogitada pelo ex-juiz depois que ele encontrou resistências dentro de parte da bancada do Podemos, que está interessada nos recursos do fundo partidário.
A conversa sobre uma possível migração para o novo partido está sendo deliberada diretamente com Luciano Bivar (PE), futuro presidente da sigla, a quem ele já sinalizou a necessidade de se filiar em um partido com mais recursos para sustentar uma campanha presidencial.