A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou por unanimidade nesta quarta (31) o uso emergencial da vacina da Janssen, empresa do grupo Johnson & Johnson. O imunizante de dose única será utilizado para o controle da Covid-19. O Ministério da Saúde já comprou 38 milhões de doses, as entregas estão previstas para o terceiro e quarto trimestre do ano.
A eficácia foi de 66% contra casos moderados e graves, o nível de proteção foi de 85% só contra casos graves. No Brasil, o imunizante foi testado durante a fase de estudos clínicos. Um diferencial é que essa vacina pode ser mantida entre 2ºC e 8ºC em por até três meses;
Antes da empresa entrar com o pedido de uso emergencial no dia 24, o Ministério da Saúde havia assinado o contrato com a Janssen, com anúncio oficializado no dia 19 de março. De acordo com o governo, os prazos para entrega das doses são 16,9 milhões de doses para o terceiro trimestre e 21,1 milhões de doses para o quarto.
“Com a aprovação dessa vacina, o Brasil se coloca entre os países do mundo que contam com o maior número de protocolos vacinais aprovados. Isso demonstra o compromisso da Agência em promover e proteger a saúde da população. Essa proteção e promoção significa avaliar com os critérios necessários, e considerando a excepcionalidade que o momento exige, os processos que são submetidos à Anvisa.” (Romison Rodrigues – diretor da Quarta Diretoria)
De acordo com a Anvisa, a Janssen se comprometeu a complementar os estudos de estabilidade da vacina (prazo de validade do imunizante). A empresa deverá apresentar pacotes parciais de dados até 31 de janeiro de 2022. Além disso, deverá complementar os dados de comparabilidade entre os diferentes fabricantes da substância ativa e produto terminado. Essa complementação acontecerá em 15 de abril e 31 de outubro deste ano. O uso do imunizante também foi recomendado pela área de Inspeção e Fiscalização Sanitária da Anvisa.
Neste mesmo dia, o Brasil chegou ao total de cerca de 3.780 mortes em 24 horas pela doença.