Caminhoneiro morto em acidente com 41 vítimas só tinha habilitação para carro

Redação
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O motorista do caminhão envolvido no acidente com 41 mortos na SP-249 entre Taguaí e Taquarituba, no interior de São Paulo, não tinha habilitação da categoria D, que permite a condução de caminhões e ônibus. Geison Gonçalves Machado, de 22 anos, que também morreu no acidente, só tinha habilitação para dirigir carros de passeio, e mesmo assim sua CNH era provisória.

A informação foi confirmada pela companheira dele, Dheimilly Krachinski, que contou ainda que o rapaz estava iniciando os procedimentos para obter a CNH para caminhões.

Geison era morador de Castro, na região dos Campos Gerais do Paraná. No momento do acidente ele estava acompanhado de outro caminhoneiro, que saiu praticamente ileso do acidente por estar no banco do passageiro. O homem sofreu escoriações mas recebeu alta hospitalar no mesmo dia do acidente.

Em depoimento à Polícia Civil de São Paulo, o motorista do ônibus envolvido na colisão afirmou que o freio do coletivo falhou, provocando a batida. O motorista relatou que viu outro ônibus na frente do seu e, por isso, precisou frear bruscamente. De acordo com ele, neste momento, o freio não respondeu e o acidente aconteceu.

A empresa Star Viagem e Turismo, dona do ônibus que o motorista dirigia, não tinha autorização para operar. De acordo com a Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp),  empresa operava ilegalmente desde outubro de 2019 após o vencimento da licença.

Ainda de acordo com a Artesp, a empresa já foi multada várias vezes e era considerada clandestina pelo órgão. Nem no site da Artesp, nem no da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) há registros sobre a Star Viagem e Turismo. A empresa foi fundada em 2016 em Taquarituba, segundo dados da Junta Comercial de SP.

Em março desse ano, a empresa foi multada por realizar fretamento irregular na Rodovia Raposo Tavares, próximo ao KM 296, em Avaré, ao fazer o transporte de 30 estudantes que saíram da cidade de Fartura com destino a faculdade de Avaré, informou a Artesp.

Naquele mesmo dia, outra multa foi aplicada à Star por transporte irregular de 43 estudantes com a mesma origem e destino, segundo o órgão. Dois dias depois, uma nova multa foi determinada por fretamento irregular próximo ao KM 372 da Raposo Tavares, em Ourinhos, quando dois veículos foram autuados e retidos pelo transbordo de 15 passageiros.

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ACIDENTE

A tragédia que provocou 41 mortes e deixou 10 feridos aconteceu na manhã desta quarta-feira (25) na rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre Taguaí e Taquarituba, no interior de São Paulo.

O caminhão e o ônibus colidiram na altura do KM 172 da rodovia, que precisou ser completamente interditada para atendimento da ocorrência. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, 37 pessoas morreram no local e outras 4 faleceram em hospitais da região depois do acidente.

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE-SP) classificou a tragédia como o maior acidente do ano nas rodovias do estado.

As vítimas seguiam para uma indústria têxtil em Taguaí. A empresa informou que o ônibus era alugado pelos próprios funcionários e que não tem envolvimento no fretamento da Star.

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