Vítima de um grave acidente na região de Sertanópolis no domingo (20), o motociclista João Alves, de 52 anos, morreu na tarde desta terça-feira (22) enquanto aguardava uma vaga de UTI no Hospital Evangélico de Londrina (HEL).
Sua história ganhou destaque quando familiares dele procuraram a imprensa para denunciar a falta de leitos no hospital. Após a reportagem ser vinculada na TV, um protesto chegou a ser organizado em frente ao HEL para pressionar por uma vaga ao homem.
João sofreu uma fratura na costela e foi levado inicialmente ao Hospital Cristo Rei, em Ibiporã, na região metropolitana. Ibiporã não dispõe de UTIs e encaminha pacientes mais graves aos hospitais de Londrina.
O motociclista seguia para fazer uma tomografia, quando seu quadro de saúde piorou e ele precisou retornar ao Cristo Rei para ser entubado. Com sua situação se agravando, os médicos de Ibiporã solicitaram transferência para Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e então, João Alves foi levado ao Hospital Evangélico.
100% OCUPADOS
Uma irmã de João Alves, identificada como Regina Alves, fez um apelo nas redes sociais e em uma reportagem da TV Tarobá (afiliada da Band) por um leito na UTI. Nesta terça-feira (22), no entanto, o Hospital Evangélico emitiu uma nota informando que todos os leitos da unidade estavam ocupados.
O Hospital informou que além dos leitos UTI geral, todos os leitos de UTI exclusivos para Covid-19 estão com 100% de ocupação e pediu para que a população não provoque aglomerações para evitar a disseminação do Covid-19.
A morte de João Alves aconteceu horas após a nota do Hospital Evangélico. Ele estava em um leito de enfermaria, no Pronto Socorro. Familiares de João confirmaram a notícia.