O confronto que terminou com cinco criminosos mortos na Zona Sul de Londrina evitou a execução de um casal pelo chamado ‘tribunal do crime’. Até o momento, a polícia apreendeu cinco armas e três facas que seriam usados pelo grupo criminoso, que teria ligação com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
Os policiais da ROTAM foram recebidos a tiros ao chegarem no endereço, na região do Conjunto Cafezal, para verificar uma denúncia de atividades ilícitas. A PM chegou no momento em que o casal estava sendo julgado pelos criminosos no tribunal do crime; eles foram levados para prestar depoimento.
A prática do ‘tribunal do crime’ é quando bandidos ligados à facção promovem uma espécie de julgamento por atos cometidos por terceiros, e que vão contra as ordens do bando criminoso. Na maioria dos casos, as vítimas são condenadas à morte pelos meios mais cruéis possíveis, para que sirva de ‘exemplo a outros’.
A polícia acredita que o caso registrado no Cafezal esteja relacionado com a morte de uma mulher, cujo o corpo foi encontrado em um chiqueiro na invasão do Flores do Campo, na Zona Norte. Ela teria sido assassinada sem a autorização da facção criminosa, e por conta disso estavam sendo julgados.
Angélica de Souza, de 38 anos, estava desaparecida e havia sido vista pela última vez em uma festa na Avenida Saul Elkind. A morte é investigada pela Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) como homicídio com eventual qualificação de feminicídio, além de ocultação de cadáver.
O casal resgatado do ‘tribunal do crime’ passa figurar na investigação sobre a morte de Angélica como suspeitos, já que supostamente estariam sendo julgados pelos bandidos por causa do delito.
As cinco armas apreendidas, além das facas e os celulares foram levados à delegacia para passarem por perícia. Os corpos dos cinco mortos no confronto foram recolhidos ao IML de Londrina sem identificação.
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