A Câmara Municipal de Londrina aprovou por 11 votos a 8 na noite desta terça-feira (26) o projeto de lei 51/2020 que permite a contratação de crédito junto ao Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo-Sul (BRDE) para ampliar a iluminação pública em LED para 100% da cidade.
O projeto enviado pelo Executivo prevê um empréstimo de R$ 56,2 milhões para as obras de implantação. Diante disso, Londrina seria a primeira cidade do Brasil a ter todo seu sistema de iluminação em LED, o que permitira uma economia mensal de R$ 1 milhão.
O empréstimo deve ser pago pela cidade utilizando essa economia, com a garantia de que todas as ruas, vielas e avenidas estão sendo atendidas pelo plano. Atualmente, é a Sercomtel Iluminação que concessiona o serviço na cidade.
A Câmara também aprovou outro projeto do Executivo, o PL 50/2020 que permite o investimento de R$ 30 milhões em obras de pavimentação e infraestrutura em diversos bairros. O dinheiro será financiado junto ao Governo do Paraná, por meio do Paraná Cidades, e também é observado como necessário para impulsionamento das atividades econômicas, e melhoria na infraestrutura das ruas da cidade, que há muitos anos não recebiam obras de recape.
VEREADORES FORAM CONTRA
A maioria dos vereadores apoiaram as duas propostas, entretanto, chamou a atenção um grupo de oito vereadores que, sem argumentos tangentes, votaram contra as duas demandas.
Os vereadores de oposição argumentaram que o aumento dos gastos pode prejudicar a economia da cidade, quando na realidade, o cenário observado é o contrário disso.
No Oeste do Paraná, por exemplo, a cidade de Cascavel acabou de lançar um plano municipal de retomada econômica, que prevê ainda um pacote de R$ 80 milhões em obras tanto de infraestrutura quanto de mobilidade para incentivar novos investimentos na cidade no período pós-pandemia.
O modelo adotado por Cascavel sugere ainda que cidades com maior índice de investimento público, serão mais atrativas para empresários que pisaram no freio durante a crise. É o mesmo caminho que Londrina tenta seguir.
A articulação com o objetivo de barrar os projetos de infraestrutura partiu de uma união do vereador Roberto Fú (PDT) com a ala ligada ao PSD, de Felipe Prochet, e do PSB, de Vilson Bittencourt. Seguiram o mesmo voto os vereadores Amauri Cardoso (PSDB), Eduardo Tominaga (DEM), Roque Neto (PR), Junior Santos Rosa (PSD) e Mário Takahashi (PV).
Caso a proposta viesse a ser rejeitada, seriam interrompidas as obras de recape asfáltico e a ampliação da iluminação pública, principalmente nos bairros. A prioridade é para regiões com muitos moradores e áreas de comércio, além de vias com grande fluxo.