A Família Real brasileira colocou à disposição ‘suas orações’ como ajuda às vítimas do desastre em Petrópolis, na região serrana do Rio de Janeiro. Em uma carta assinada pelo trineto de Dom Pedro II, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, a realeza tupiniquim manifestou solidariedade para as mais de 100 vítimas fatais da tragédia.
Petrópolis foi fundada por Dom Pedro II e é considerada “a cidade imperial” do Brasil. Desde os tempos de império, no entanto, um controverso imposto é pago pela população da cidade à Família Real. É o chamado “laudêmio” ou “taxa do Príncipe”

O imposto foi instituído ainda em 1847 e é cobrado até hoje de compradores de imóveis construídos na área onde ficava a antiga fazenda do Córrego Seco, comprada por Dom Pedro I em 1830.
A origem do imposto se deu quando Dom Pedro II instalou colonos alemães na antiga área da fazenda. Ele no entanto, nunca lhes vendeu as terras. Dessa forma implantou o laudêmio, que é uma espécie de aluguel que deve ser pago aos descendentes do antigo proprietário.
A cada imóvel que é vendido, o comprador deve pagar 2,5% sobre o valor da transação para conseguir ter a escritura. A taxa é paga à Companhia Imobiliária de Petrópolis.
LAUDÊMIO NÃO É EXCLUSIVO DE PETRÓPOLIS
Outras cidades brasileiras pagam a taxa à Igreja Católica ou ainda à Marinha. Em junho de 2021 o Governo Federal anunciou o fim do imposto para proprietários de terrenos de marinha e interiores e ainda ocupantes regulares de imóveis da União que adquirirem o pleno domínio sobre a propriedade.