Morreu neste sábado aos 84 anos o cantor Agnaldo Timóteo, vítima de complicações da Covid-19. Ele estava internado desde 18 de março no Rio de Janeiro, e não resistiu ao agravamento da doença.
A assessoria de Agnaldo Timóteo confirmou a morte: “É com pesar que comunicamos o falecimento do nosso querido e amado Agnaldo Timóteo. Ele não resistiu as complicações decorrentes da Covid-19 e faleceu às 10h45 de hoje. Temos convicção que Timóteo deu o seu melhor para vencer essa batalha e a venceu”, finalizou.
O artista evoluiu rápido desde que foi internado, e logo ele ficou em estado grave. Na ocasião em que foi intubado, o filho de Agnaldo Timóteo pediu que fãs e amigos fizessem orações para ele.
“Peço a todos que façam uma corrente de oração para meu pai, Agnaldo Timóteo, e todos que estão internados com essa maligna doença Covid-19. Agradeço desde já!!”, disse no Instagram.
Em maio de 2020 Agnaldo já havia sofrido um AVC. Ele foi levado à UTI mas conseguiu se recuperar.
Natural de Caratinga (MG), Agnaldo Timóteo iniciou a carreira na década de 50, se apresentando inicialmente em rádios de Minas Gerais. Em um de seus shows, conheceu Ângela Maria, que o aconselhou que se mudasse para o Rio de Janeiro.
Na capital fluminense, trabalhou como motorista de Ângela Maria para ganhar dinheiro. Foi ela que ajudou ele a estrear em 1961, com as músicas de Sábado no Morro e Cruel Solidão.
Agnaldo Timóteo estourou após participação em um programa na TV Rio, quando cantou The House of The Rising Sun, do grupo inglês The Animals. A interpretação gerou um contrato com a gravadora EMI.
Começou com versões de músicas estrangeiras e estourou com suas faixas românticas. Ao longo da carreira, Agnaldo Timóteo gravou 74 discos, sendo os dois mais recentes lançados em 2019.
VIDA POLÍTICA
Agnaldo Timóteo não se resumiu aos palcos. Ele também teve grande carreira como político. O início foi em 1982 quando disputou eleição para deputado federal no Rio de Janeiro, sendo eleito pela primeira vez.
Na Câmara dos Deputados, votou em 1984 a favor da emenda Dante de Oliveira, que abria caminho para as eleições diretas para a Presidência da República. Na mesma época, ele apoiou Paulo Maluf nas eleições, e deixou o PDT em seguida.
Em 1990 já pelo PDS se candidatou a governador do Rio de Janeiro, mas foi derrotado por Leonel Brizola (PDT).
Entre 1995 e 1996, Timóteo, filiado ao Partido Progressista Reformador (PPR) ele virou deputado estadual pelo Rio como suplente de Amaral Neto. Em 1997 foi eleito deputado estadual pelo Rio de Janeiro, já no Partido Progressista Brasileiro (PPB) e em 2000 não conseguiu a reeleição.
Além da vida nos palcos, Agnaldo Timóteo também teve carreira como político. A trajetória neste mundo teve início em 1982, quando disputou pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT) a eleição para deputado federal pelo Rio de Janeiro.
Depois disso, Agnaldo se mudou para São Paulo e por lá se candidatou a vereador em 2004, sendo eleito, agora filiado ao Partido Progressista (PP). O cantor foi reeleito em 2008, e em 2012 tentou reeleição, mas mais uma vez fora derrotado.