A morte da maratonista olímpica ugandesa Rebecca Cheptegei divulgada na última terça-feira (10), vítima de um ataque brutal e premeditado por seu namorado, reacendeu o debate sobre a violência de gênero.
O crime ocorreu no dia 1º de setembro, quando Marangach invadiu a casa de Cheptegei e, ateou fogo à companheira, na frente das duas filhas, causando queimaduras em 75% de seu corpo. A atleta, de apenas 33 anos, não resistiu aos ferimentos e faleceu poucos dias depois. O agressor veio a óbito na última terça-feira (10), no Hospital de Ensino e Referência Moi, no oeste do Quênia, após complicações respiratórias em consequências das queimaduras.
A participação de Cheptegei nas Olimpíadas de Paris, embora não tenha sido marcada por grandes feitos, representava um marco importante em sua carreira. De acordo com o pai da vítima, o motivo do crime teria sido uma disputa por um terreno que Cheptegei havia adquirido.
A morte de Cheptegei não é um caso isolado. Nos últimos anos, o Quênia tem sido palco de outros crimes violentos contra atletas femininas. Em 2021, Agnes Tirop, medalhista de bronze nos 10 mil metros nos Mundiais de 2017 e 2019, foi assassinada a facadas em sua casa, em 2022, Damaris Mutua também foi encontrada morta. Seus ex-companheiros são os principais suspeitos.