LONDRINA – Por meio de uma nota, a Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL) se posicionou a respeito da greve dos trabalhadores do transporte coletivo de Londrina. A associação considerou a paralisação uma ‘ameaça’ e um ‘descalabro’ ao comércio.
A entidade diz que podem haver prejuízos aos empresários na época de fim de ano e taxou a Prefeitura Municipal como uma instituição ‘inábil’ na condução do entendimento sobre o processo licitatório que prevê a entrada de novas empresas no sistema de transporte urbano.
Os motoristas e cobradores, em sua maioria da TCGL, aprovaram a greve em uma votação surpresa na última terça-feira (11). O objetivo é garantir a manutenção dos empregos, caso uma nova empresa ganhe a licitação. A paralisação está prevista a partir de segunda-feira (17).
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LEIA A NOTA:
A decisão dos trabalhadores do transporte coletivo de Londrina de entrar em greve na próxima segunda-feira (17) é uma ameaça ao bem estar da população e à saúde financeira do comércio.
A paralisação do sistema em pleno período de compras de Natal é um descalabro, resultado da inabilidade do poder público municipal em promover o entendimento das partes envolvidas nesta questão – concessionária, trabalhadores e usuários – e da imposição, de maneira afobada, de um novo regramento para o serviço.
A ACIL, apoiada por entidades parceiras, sempre alertou para os riscos de se fazer uma nova licitação para o sistema com outras discussões correlatas em andamento, algumas delas francamente influentes para a concepção do modelo.
A nosso ver, a prorrogação do contrato vigente seria a decisão mais indicada para que o modelo tivesse mais tempo e subsídios para ser realmente repensado, algo de fato necessário.
Estes subsídios seriam as mudanças contidas no Plano Diretor revisado, as diretrizes do Plano de Mobilidade Urbana e o desenvolvimento de um Masterplan.
É de conhecimento de todos as transformações comportamentais do nosso tempo e como o sistema de transporte público está sendo impactado por elas. Licitar um novo contrato neste momento nos parece algo extemporâneo e arriscado.
Em relação à reivindicação dos trabalhadores, por sinal bastante justa, de garantias de ocupação após a anunciada desistência da maior operadora do sistema, a ACIL acredita que ela será normalmente atendida pela dinâmica natural do mercado de trabalho.
É pouco provável que a futura concessionária abra mão da experiência e preparo reconhecidos dos atuais profissionais.
Portanto, a greve não se justifica e pode ser um trauma inútil para a economia regional.
A ACIL defende o entendimento urgente entre as partes e lamenta a condução açodada do poder público em questão tão sensível ao nosso bem estar e às rotinas do setor produtivo.
Que a greve não se consume e que os transtornos previstos não se concretizem.
E que este momento de apreensão nos faça refletir sobre como devemos tratar as ações estratégicas que norteiam a vida pública em nosso município.
Sem mais,
Diretoria ACIL