GUARAPUAVA, PR – Imagens exclusivas do circuito interno de monitoramento do condomínio residencial onde morava a advogada Tatiane Spitzner, 29, e o marido, Luis Felipe Manvailer, 32, revelam o que aconteceu após a morte da mulher.
O vídeo obtido com exclusividade pelo 24H, mostra Manvailer carregando o corpo dela, que aparentemente já estava morta, para dentro do elevador. Em outra gravação, que não será publicada, é possível ver o exato momento em que ela cai do edifício, às 2h57 da madrugada de 22 de julho.
Manvailer tentou fugir, mas foi preso pela Polícia Militar após se envolver em um acidente na BR-277 em São Miguel do Iguaçu, distante 340 quilômetros de Guarapuava. Ele responde por homicídio doloso com quatro qualificações (meio cruel, dificultar a defesa da vítima, motivo torpe e feminicídio).
Na semana passada, outro vídeo revelou que Manvailer agrediu Tatiane antes do corpo dela ser encontrado. As agressões aconteceram no mesmo elevador onde o homem foi flagrado carregando o corpo dela. Nas imagens, é possível ver que ele estava sujo de sangue.
LAUDO PSIQUIÁTRICO
Em um laudo médico solicitado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), e que investiga a morte da advogada Tatiane Spitzner, relata que Luis Felipe Manvailer, marido da jovem e réu na ação penal, disse ‘não se lembrar do que ocorreu’. Na avaliação psiquiátrica, ele ainda disse ‘achar que a mulher pulou da sacada do prédio’.
A defesa dele pediu impugnação da validade do laudo e afirma que seu cliente continua negando que tenha sido o autor da morte da advogada.
O MP-PR pediu uma avaliação psiquiátrica e psicológica de Manvailer com urgência, antes da análise de um pedido de transferência feito pela defesa dele para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Conforme o pedido, Manvailer tentou tirar a própria vida dentro da Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG) onde atualmente ele está preso. O laudo médico ainda relata que Luis Felipe disse, em conversa com o advogado, que sua vida terminou como professor, além de sua relação interpessoal e vida amorosa.
O documento também atesta que Luis Felipe Manvailer argumentou que ‘todos já o julgam como se tivesse assassinado a esposa’.
Ele contou aos médicos que não usou drogas no dia em que a mulher foi encontrada morta, e que fez uso de maconha cinco vezes na vida. Que esse dia era seu aniversário, e que havia ingerido bebidas alcoólicas.
O laudo também diz que Manvailer chorou durante a avaliação e não explicou o motivo de ter limpado o elevador das manchas de sangue e de ter “fugido rumo Paraguai”.