LONDRINA – A há tempos especulada – e temida – privatização da Sercomtel pode se tornar realidade em 2019. Ao menos é o que sinaliza o próximo presidente da companhia, Cláudio Tedeschi, para o futuro.
Em entrevista concedida à Rádio Paiquerê na manhã desta quinta-feira (13), Tedeschi revelou ter recebido uma vultuosa proposta de aporte, no valor de R$ 120 milhões, por parte dos acionistas minoritários da estatal – em troca, porém, de 14 contrapartidas, as quais envolvem principalmente a suavização da burocracia exigida em torno das movimentações acionárias do grupo.
“A partir desse aporte, a companhia como um todo passaria a ser privada, já que eles [acionistas hoje minoritários] deteriam 70% das ações e 51% do capital votante”, explicou. “Esse tipo de proposta precisa ser estudada com muito cuidado jurídico, técnico e financeiro para avaliar sua viabilidade. Afinal, estamos falando de uma empresa estatal”.
Tedeschi destacou ainda que, independente de a proposta em análise ser deferida ou não, sua simples existência já é extremamente positiva para o panorama atual da Sercomtel. “O importante dessa oferta é que ela mostra que a companhia tem viabilidade. Ninguém faria uma oferta de R$ 120 milhões numa companhia que não possui viabilidade alguma”, analisa ele, que, enquanto não assume a principal cadeira da Sercomtel, segue presidindo a Associação Comercial e Industrial de Londrina (ACIL).