O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o ex-governador Beto Richa (PSDB) por conta de irregularidades na licitação da PR-323, rodovia que liga Maringá a Francisco Alves, no noroeste do Paraná.
Segundo o MPF, o consórcio Rota das Fronteiras – formado pelas construtoras Odebrecht e Tucumann Engenharia – teria sido favorecido na licitação da obra.
De acordo com as investigações, as vantagens na concorrência teriam sido concedidas em troca do pagamento de valores ao grupo de Richa. Os valores terem sido solicitados como uma “ajuda” para campanhas eleitorais, “as evidências demonstram que o dinheiro foi usado para enriquecimento pessoal de agentes públicos.
O irmão do tucano, José Richa Filho (conhecido como Pepe Richa); o primo deles, Luiz Abi Antoun; o ex-secretário Ezequias Moreira; e o contador da família Richa, Dirceu Pupo Ferreira, também foram denunciados na ação do MPF.
O texto do Ministério Público Federal diz que, embora Luiz Abi Antoun, Dirceu Pupo Ferreira, Beto Richa, José Richa Filho e Ezequias Moreira não tenham recebido os valores diretamente em todas oportunidades, justamente para ocultar a real destinação do numerário, todos tinham consciência das entregas de valores e acompanharam as entregas mediante dezenas de ligações telefônicas.
A defesa do ex-governador Beto Richa e do irmão dele, Pepe Richa, disse que “reafirma que seus clientes não cometeram nenhuma irregularidade, e que sempre estiveram à disposição para prestar esclarecimentos.