Conhecida como “Maria Paraguaia”, Maria Conceição Queiroz, investigada por tráfico internacional de pessoas, prestará novo depoimento à Polícia Federal em Cascavel, no oeste do Paraná, na tarde desta sexta-feira (5).
No dia 19 de outubro de 2017, suspeitas vieram à tona quando a mulher acionou o Conselho Tutelar alegando ter encontrado um menino abandonado em frente de casa. Ela foi presa em flagrante em 24 de outubro, quando policiais federais encontraram um adolescente de 17 anos e uma menina de 10 em sua casa.
O delegado Marcio Smith afirmou que “o advogado dela havia feito o pedido ao Ministério Público Federal e eu também queria ouvi-la de novo para saber qual o interesse dela, qual método usava e quantas crianças ela já trouxe do Paraguai para o Brasil. O menino certamente não foi o único”.
FAMÍLIA
Investigações apontaram que os três menores são paraguaios e da mesma família. A adolescente é mãe do menino, primo da garota de 10 anos. Nenhuma relação familiar foi confirmada entre as vítimas e Maria Paraguaia. A polícia paraguaia confirmou as identidades por meio de exame datiloscópico.
Depois de dois meses em Cascavel, os três retornaram ao Paraguai em 22 de dezembro. O pedido foi feito pelas próprias vítimas.
ADOÇÃO
Maria Paraguaia declarou, ao ser transferida da delegacia de Cascavel para a Cadeia Pública de Corbélia, que o garoto de um ano e oito meses era filho de uma sobrinha – supostamente a adolescente de 17 anos – que “não queria mais o menino”. Ela alegou inocência.
Segundo o juiz Fabrício Mussi, a jovem negou ter dado o filho para adoção e afirmou querer ficar com a criança.
Até agora, cerca de 30 pessoas foram ouvidas pela Polícia Federal.