No dia seguinte ao maior incêndio já registrado na história da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL) os prejuízos ainda estão sendo calculados. A empresa atualizou a contagem dos veículos destruídos, que agora somam 56 ônibus.
Os veículos tiveram perda total e não tinham seguro. A Grande Londrina explicou que as empresas de transporte em todo o país não contam com seguro, devido os custos elevados inviabilizar a operação da frota.
Com isso, considerando o valor de cada ônibus de em média R$ 200 mil, o prejuízo financeiro que pode superar os R$ 10 milhões terá que ser suprido pela própria empresa, que ainda estuda as medidas que irá adotar. O valor oficial ainda não foi divulgado, porque nesse momento ainda se verificam quais veículos queimaram.
A TCGL já vinha enfrentando problemas financeiros, agravados com a pandemia de Covid-19 e a perda de passageiros para os aplicativos.
O incêndio da segunda-feira só aprofunda a crise na empresa, que emprega mais de 1 mil trabalhadores na cidade e é pioneira no serviço de transporte coletivo em Londrina.
Neste ano e no ano passado, a TCGL enfrentou paralisações e atrasou o pagamento de funcionários justamente por causa dessa crise, e vem lutando para se reestruturar. O futuro agora é incerto, mas a companhia no entanto, garante concentrar esforços para continuar atendendo os usuários diariamente.
PERÍCIA PARTICULAR
A Grande Londrina também informou que contratou uma perícia particular para ajudar a esclarecer as causas do incêndio, que pode ter sido criminoso. Vídeos também são analisados pela polícia, para identificar possíveis detalhes suspeitos.
Uma gravação em especial chamou a atenção. Quando o fogo se alastrava pelo pátio da empresa, um homem gravou as imagens com tom irônico e manifestando alegria. As imagens estão em poder da polícia civil, que está apurando o caso.
Também não é descartada a hipótese de alguém ter lançado um coquetel molotov através do muro, ou até mesmo ter sido uma ação comandada por facção criminosa.