Uma mulher de 49 anos morreu à espera de uma vaga na UTI do Hospital Universitário de Londrina (HU). Margarida de Freitas Lopes morava em Rolândia, na Região Metropolitana, e foi diagnosticada com Covid-19 no último dia 25 de fevereiro, quando iniciou o tratamento no Hospital São Rafael, também em Rolândia.
No entanto, o estado de saúde de Margarida piorou e ela foi transferida para o HU, em Londrina, onde morreu na noite de domingo (28). No hospital, ela chegou a ser atendida, medicada e foi intubada por conta do agravamento da doença, porém, sem leitos de UTI, a mulher precisou ser alocada no Pronto-Socorro, local improvisado pela equipe do hospital para atender casos mais graves, diante do aumento da demanda por leitos.
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O Secretário de Saúde do Paraná, Beto Preto, citou o caso de Margarida como um indicativo para o colapso no estado. No entanto, o secretário minimizou e disse que o caso dela foi algo ‘pontual’.
ESPERA POR LEITOS
Nesta quarta-feira (03) o Hospital Universitário continuava com alta demanda de internações. Segundo a direção do HU, 50 pacientes aguardavam por leitos de UTI na unidade, média que se mantém nos últimos dias por causa da explosão de casos de Covid-19.
No total, o HU tem 109% de lotação dos leitos de UTI exclusivos para Covid-19 e 100% de ocupação nas enfermarias.
Em nota, o hospital se solidarizou com os familiares de Margarida. O óbito dela foi contabilizado em Rolândia, que tem 103 mortes e 3.564 casos confirmados desde o início da pandemia.