A Justiça Estadual do Paraná acatou a denúncia do Ministério Público e tornou réu o agente penitenciário federal Jorge Guaranho, pelo assassinato do guarda municipal e membro do PT, Marcelo Arruda, em Foz do Iguaçu. A pena pode chegar a 30 anos de cadeia.
Com a denúncia, Guaranho tem dez dias para apresentar resposta. O agente penitenciário estava internado em uma UTI de um hospital em Foz, mas já recebeu alta e está consciente.
Nesta quarta, o Ministério Público do Paraná fez uma denúncia de homicídio duplamente qualificado contra o agente penitenciário. Ele matou Marcelo Arruda na própria festa de aniversário dele com tema do Partido dos Trabalhadores.
De acordo com testemunhas, o assassinato aconteceu motivado por uma discussão em razão de política. Guaranho, que é bolsonarista, teria ido até o local da festa para provocar Arruda, que se irritou e reagiu atirando contra ele alguns pedregulhos.
Depois de deixar o local, o agente penitenciário voltou armado e atirou contra Arruda, que reagiu e também disparou, baleando Guaranho três vezes. O líder do PT, porém, não resistiu e morreu antes de ser levado ao hospital.
O MP diz na denúncia que o crime teve motivação torpe por causa de preferências “político-partidárias antagônicas”. A promotoria afirma que Guaranho matou Arruda quando ele já estava no chão, enquanto afirmava que “petista vai morrer tudo”. Depoimentos de testemunhas também dão conta que ele entrou no local gritando “aqui é Bolsonaro”.
A denúncia vai contra o inquérito da Polícia Civil do Paraná, que descartou crime por motivação política. Os advogados da família do GM assassinado disseram que as investigações mostrariam que o caso aconteceu por divergência de opinião política.
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