A possibilidade de aumento do número de cadeiras na Câmara de Vereadores de Londrina tem gerado um intenso debate e divisão de opiniões entre a população. Expressões como “falta de vergonha na cara”, “não tem que aumentar salário, não”, “o tanto (de vereadores) que tem já está bom” e “não tem tanto serviço para tanto vereador” têm sido amplamente discutidas e refletem a controvérsia em torno do tema.
Até o momento, apenas três parlamentares se posicionaram contrários à proposta: Mara Boca Aberta (Solidariedade), Santão (PSC) e Giovani Mattos (Podemos), que acreditam que não é necessário aumentar o número de vereadores na cidade.
Mara Boca Aberta destacou sua oposição, afirmando: “Eu sou contra, como já me manifestei, inclusive seguindo a mesma linha quando votei contrariamente ao aumento do salário”. Por sua vez, Santão ressaltou que “temos que aumentar, em Londrina, o número de médicos, enfermeiros e Guardas Municipais (GMs), e não de representantes da classe política”.
Os demais vereadores preferiram não se manifestar, uma vez que ainda não há nenhum projeto em pauta na Câmara que trate sobre o tema. O presidente da casa, Emanoel Gomes, pretende discutir o assunto com a mesa diretora durante o recesso parlamentar.
Atualmente, Londrina conta com 19 vereadores, mas em 2004 esse número chegou a ser de 21. No entanto, houve uma redução após uma decisão judicial e pressão popular. Conforme estabelecido por uma emenda constitucional, para municípios com população entre 450 e 600 mil habitantes, como é o caso de Londrina, é permitido ter até 25 vereadores.
O possível aumento no número de vereadores poderá impactar inclusive a reforma da Câmara de Vereadores, conforme alertou Emanoel Gomes: “Se acontecer de mudar, nós vamos ter que mexer no projeto, no decorrer da obra. Eu acredito que a Câmara de Vereadores precisa ser ampliada“, afirmou o presidente da casa.
Além da ampliação das cadeiras, outro tema em discussão é o subsídio dos vereadores. Atualmente, os parlamentares recebem R$ 13.636 por mês, enquanto o presidente recebe R$ 15.856. A definição dos salários para a nova legislatura precisa ser discutida e aprovada antes das eleições municipais. Cidades como Maringá e Cascavel já ampliaram o número de vereadores e implementaram o décimo terceiro salário para os parlamentares.
No entanto, Emanoel Gomes destacou que esse aspecto não deve ser incluído na discussão sobre a remuneração dos vereadores em Londrina: “Vereador de Londrina não recebe férias, não tem 13º, não tem nenhum tipo de bonificação“, esclareceu o presidente da Câmara.
A discussão sobre o aumento de cadeiras na Câmara de Vereadores de Londrina continua em andamento, e os próximos passos serão definidos após as deliberações durante o recesso parlamentar.
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