Nesta terça-feira, 14 de janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu posse ao publicitário Sidônio Palmeira como novo ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República (Secom). A cerimônia ocorreu no Palácio do Planalto e contou com a presença de alguns ministros do governo.
Como novo chefe da pasta e em seu primeiro discurso, Palmeira criticou os efeitos da desinformação na percepção das pessoas sobre as ações do governo. Além de comunicar, é dever do novo ministro implantar a política de comunicação e informação do Governo Federal. “A população não consegue ver o governo nas suas virtudes. A mentira nos ambientes digitais fomentada pela extrema direita cria uma corticoide fumaça na vida real, manipula pessoas inocentes e ameaça a humanidade” afirma o ministro.
Sidônio Palmeira defende o combate à desinformação e pontuou que a comunicação é a guardiã da democracia. Disse também que em sua gestão vai viabilizar os processos regulatórios e garantir o acesso à informação pela população. Durante seu discurso, fez duras críticas às mudanças anunciadas pela multinacional Meta, empresa responsável por redes sociais como Facebook, Instagram e WhatsApp na política de moderação de conteúdo destas redes que vai facilitar a propagação do discurso de ódio e eliminar a checagem dos fatos.
O novo ministro ainda afirma que o extremismo descaracterizou o sentido da liberdade de expressão, pois distorceu o conceito para viabilizar a liberdade de manipulação. Sidônio Palmeira assume a liderança da Secom na metade do mandato do atual governo com o principal desafio de melhorar a comunicação política federal, na última parte da gestão. “A comunicação está no centro dos grandes desafios mundiais e nosso trabalho é compreendê-lo em sua complexidade e convocar todos, uma vez que este desafio não é só da Secom”, disse.
Sidônio Palmeira é nascido na Bahia e formou-se em engenharia, mas passou a trabalhar com comunicação desde 1992. Auxiliou muitas campanhas políticas, inclusive a última eleição em 2022 sendo o marqueteiro de Lula (PT) na campanha que derrotou Bolsonaro (PL). Ele substitui o deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS).