A decisão do prefeito Marcelo Belinati de lançar a candidatura de Maria Tereza, ex-secretária da Educação, à prefeitura de Londrina, está sob intenso escrutínio. Esta escolha levanta uma série de questões sobre a viabilidade política e estratégica do movimento, especialmente considerando o forte potencial interno representado por Marcelo Canhada.
O contexto de Maria Tereza
Maria Tereza, que recentemente chegou a Londrina, carrega consigo a marca de duas derrotas eleitorais em Ourinhos (SP).
Embora tenha experiência administrativa como ex-secretária da Educação, sua falta de raízes profundas em Londrina e o histórico eleitoral desfavorável em Ourinhos suscitam dúvidas sobre sua capacidade de conquistar a confiança dos eleitores locais.
A força ignorada: Marcelo Canhada
Marcelo Canhada, por outro lado, é uma figura profundamente enraizada em Londrina. Desde o início da administração de Belinati, Canhada desempenhou um papel crucial em várias iniciativas municipais. Sua popularidade nas redes sociais tem crescido significativamente, alimentada por elogios constantes a seu trabalho.
Um dos exemplos mais notáveis de sua contribuição é o viaduto da Avenida Dez de Dezembro, cuja conclusão foi agilizada graças à sua intervenção direta.
Além disso, Canhada foi fundamental na atração de investimentos, exemplificado pela construção da Cidade Industrial de Londrina. Sua compreensão dos problemas locais e sua capacidade de efetuar mudanças tangíveis fazem dele um candidato naturalmente forte.
Análise estratégica
A escolha de Belinati ao ignorar Canhada em favor de Maria Tereza levanta questões estratégicas. Canhada não só possui um forte reconhecimento local, mas também uma rede de apoio consolidada que poderia ter sido mobilizada para uma campanha robusta à prefeitura. Ao optar por Maria Tereza, Belinati corre o risco de alienar uma parte significativa de sua base de apoio, que vê em Canhada um líder mais conectado e eficaz.
Internamente, essa decisão pode causar fissuras no bloco de apoio do prefeito. O descontentamento entre os membros da administração é palpável, com muitos acreditando que a escolha de Maria Tereza foi uma aposta arriscada que pode comprometer a continuidade dos projetos em andamento.
Com as eleições municipais se aproximando, a aposta em Maria Tereza representa um ponto de inflexão para a gestão de Belinati. A questão central é se o eleitorado de Londrina aceitará uma candidata relativamente desconhecida e com um histórico eleitoral negativo, ou se a ausência de um candidato fortemente ligado à cidade, como Canhada, resultará em uma perda significativa de apoio.
A decisão de Belinati ao lançar Maria Tereza em vez de Marcelo Canhada representa um risco estratégico significativo. À medida que a campanha se desenrola, a capacidade de Maria Tereza de conquistar o eleitorado de Londrina e a habilidade de Canhada de manter sua popularidade e relevância política serão cruciais para determinar o futuro político da cidade.