Nesta quarta-feira (7), em visita à Foz do Iguaçu, durante a posse do novo diretor-geral brasileiro de Itaipu, o presidente Jair Bolsonaro criticou o preço atual dos combustíveis, considerando o aumento de 39% do gás natural como “inadmissível“.
O reajuste do gás natural, com um aumento de 39% do produto vendido às distribuídoras, foi anunciado pela Petrobras dois dias antes ao comentário do presidente, e os novos valores já devem ser aplicados a partir do dia 1° de maio.
Junto ao repúdio pelo aumento dos combustíveis, o presidente anunciou que, mesmo assim, não pretende interferir na precificação da Petrobras, mas pode alterar a política de preços da empresa com assistência da Câmara dos Deputados.
Aumento dos combustíveis
O aumento dos combustíveis tem sido um fator que mobiliza diversos profissionais em todo o Brasil. Com a pandemia da Covid-19, combustíveis como a gasolina e o etanol já sofreram mais de seis reajustes só no ano de 2021. De acordo com levantamento de “O Globo“, o litro da gasolina chegou, em média, a R$ 5,3 na capital paulista, já o etanol a R$ 3,98.
Vários fatores explicam as mudanças nos preços dos combustíveis. De acordo com economistas, a pandemia, com certeza, foi um fator determinante para isso, mas não pode ser a única explicação isolada. No Brasil, por exemplo, a alta do câmbio e, mundialmente, a alta do petróleo ajudam a entender o boom no preço dos combustíveis.
Já o etanol, como não é derivado do petróleo, esperava-se uma baixa do combustível. Porém, não foi isso que aconteceu, uma vez que o álcool sofre influência direta da cotação do dólar. A demanda de açúcar no mercado internacional e, também, a necessidade de álcool em gel podem explicar a alta do combustível.