Médica recusa atender bebê no RJ; Criança morreu

Redação
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Médica rasga papel dentro de ambulância, que seria a solicitação de socorro ao menino Breno, que morreu horas depois – Foto: Reprodução

Uma diretora da empresa Cuidar Emergências Médicas informou que a médica Haydeé Marques da Silva não socorreu Breno Rodrigues Duarte da Silva, de 1 ano e 6 meses, na manhã desta quarta-feira, porque o paciente era uma criança. Ele tinha síndrome de ohtahara, uma doença neurológica que provoca convulsões severas. Breno morreu horas depois.

A família chamou uma ambulância da Cuidar, por meio do plano de saúde Unimed-Rio, que chegou com a médica por volta de 9h no condomínio da criança, no Recreio dos Bandeirantes, Zona Oeste do Rio. Mas a profissional não subiu no apartamento de Breno, que morreu 1h30 depois.

“Infelizmente a unidade saiu do local porque a médica alegou que não atenderia uma criança, já que ela é clínica geral e anestesista, e não pediatra”, afirmou a diretora da Cuidar, que demitiu a médica nesta quinta-feira. O relato foi publicado no Globo.

Os pais de Breno, Felipe Duarte e Rhuana Rodrigues, disseram que funcionários do prédio ouviram a médica gritando que não iria atender o filho deles dizendo já tinha passado de seu horário de trabalho. Mas, de acordo com a diretora da empresa, ela tinha começado seu expediente duas horas antes, às 7h.

Conforme um vídeo gravado por uma câmera interna, a médica, dentro da ambulância, rasgou um documento antes de o veículo ir embora do prédio, às 9h13.

Bebê tinha um ano e seis meses – Foto: Arquivo

Em nota, a Unimed-Rio afirmou que  “lamenta profundamente” o falecimento da criança e “vem prestando apoio irrestrito à família nesse momento tão difícil”. “A cooperativa tomará todas as providências para descredenciar imediatamente o prestador ‘Cuidar’, pela postura inadmissível no atendimento prestado à criança. Além disso, adotará todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis em razão da recusa de atendimento por parte do prestador de serviço”.

Segundo o texto, “o Conselho Regional de Medicina (Cremerj) abriu uma sindicância para apurar o caso. A 16ª DP (Barra da Tijuca) está investigando o ocorrido”.

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