Denunciado no ano passado por má conduta com relação a apostas, Lucas Paquetá segue com seu futuro indefinido no futebol. O meia do West Ham participará de julgamentos com duração de aproximadamente três semanas. De acordo com veículos da imprensa inglesa, como a TV Sky Sports e o jornal The Guardian, a Federação Inglesa de Futebol (FA) pede o banimento do atleta.
De acordo com comunicado oficial divulgado pela FA em maio do ano passado, Paquetá será julgado por violar regras de conduta relacionadas a apostas esportivas. Os jogos em que isso foi supostamente identificado foram: contra o Leicester City, em 12 de novembro de 2022; Aston Villa, em 12 de março de 2023; Leeds United, em 21 de maio de 2023, todos na temporada passada; e Bournemouth, em 12 de agosto de 2023, no primeiro jogo da temporada 2023/24. Ele levou cartão amarelo nos quatro confrontos em questão.
Em suas redes sociais, Lucas Paquetá se manifestou negando o ocorrido: “Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude durante estes nove meses. Nego as acusações na íntegra e lutarei com toda as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários.”
Lucas Paquetá foi acusado por quatro violações da Regra E5.1 da federação inglesa, em relação à sua conduta em quatro jogos do Campeonato Inglês. Essa regra diz que um jogador “não deverá, direta ou indiretamente, tentar influenciar, para fins impróprios, o resultado, o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência em ou em conexão com um jogo ou competição.”
De acordo com documentação da FA, ofensas por apostas são separadas e distintas de acusações de manipulação dos jogos. Porém, quando pode ser provado que uma aposta afetou o resultado ou decorrer de um jogo, a acusação é específica, e não incidente de ofensa por aposta. Um jogador condenado por interferir no resultado ou decorrer de uma partida pode ser banido pela vida toda.
A FA relata que Paquetá “procurou influenciar diretamente o progresso, a conduta ou qualquer outro aspecto ou ocorrência nessas partidas, buscando intencionalmente receber um cartão do árbitro com o propósito indevido de afetar o mercado de apostas para que uma ou mais pessoas lucrem com apostas”.
Em casos de uso de informações privilegiadas para o propósito de apostas, um jogador pode pegar desde suspensão de seis meses até banimento pela vida toda, além de multa. A FA deseja banir o atleta para sempre dos gramados.
Texto: Globo Esporte
