A procura por terapias alternativas aos medicamentos e tratamentos da medicina tradicional cresceu em todo mundo durante a pandemia, e é fato que esta realidade está ocorrendo no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, o país lidera a oferta de modalidades integrativas na saúde pública, com 5 milhões de usuários em quase 10 mil estabelecimentos de 3.173 municípios.
A pasta entende as práticas como investimentos em prevenção de saúde, para que as pessoas não fiquem doentes. Com isso, evita-se o agravamento de seus problemas, que geralmente as levam à internação e procedimentos cirúrgicos, gera despesas para o sistema e tirando a qualidade de vida do cidadão.
A Organização Mundial da Saúde estimula a utilização das PICS. No SUS, a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde foi instituída em 2006, para melhorar a qualidade de atendimento da população. Atualmente, existem 29 práticas ofertadas.
Pesquisa “PICCovid – Uso de Práticas Integrativas e Complementares no Contexto da Covid-19”, revela que 61,7% da população brasileira buscaram terapias alternativas ao longo da crise sanitária da Covid-19. Durante a pandemia, o Conselho Nacional de Saúde recomendou a adoção das PICs como tratamento da auxiliar do coronavírus.
Muitas áreas diferentes compõem a prática da medicina complementar e alternativa (CAM), que inclui as formas mais convencionais e aceitas de terapia, como acupuntura, homeopatia e práticas orientais, realizadas há séculos em todo o mundo.
Neste contexto, o toque tem sido protagonista em diversas áreas da medicina. A cura pelo toque baseia-se na ideia de que doenças ou lesões em uma área do corpo podem afetar todas as partes do mesmo.
Se, com a manipulação, as outras partes do corpo puderem ser trazidas de volta à saúde ideal, o organismo conseguirá se concentrar totalmente na cura local da lesão ou doença. As técnicas do corpo são frequentemente combinadas com as da mente, incluindo a busca de bem-estar físico e emocional para tratamento de doenças crônicas, depressão e insônia.
Entre as terapias com grande apelo entre as pessoas estão a quiropraxia e a medicina osteopática, as massagens, as terapias de movimento corporal, tai chi e ioga.
Outras abordagens são as dietéticas e as fitoterápicas, que tentam equilibrar o bem-estar nutricional do corpo. As abordagens dietéticas e à base de plantas podem incluir suplementos, nutrição e dieta. O uso dessas substâncias visa equilibrar o excesso ou a deficiência nutricional, atualmente consideradas problemas na sociedade atual, ambos levando a determinadas doenças crônicas, como diabetes e hipertensão.
De acordo com o Conselho Federal de Enfermagem (Coren), as PICS possuem benefícios no tratamento de diversas doenças. No país, profissionais de saúde particulares e unidades do SUS reconhecem e recomendam tais terapias em casos de dores físicas, emocionais e mentais.
As mulheres têm usado bastante as terapias, principalmente durante a gravidez, desde o pré-natal até o parto e o puerpério.
Massagens fazem a diferença
Para começar, cada massagem é adaptada individualmente ao paciente, de acordo com as suas necessidades. Neste processo, a massagem holística funciona em nível físico, melhorando a circulação e a drenagem linfática, auxiliando na entrega de oxigênio e dos nutrientes às células do corpo.
Ao mesmo tempo, atua para eliminar toxinas, liberar a tensão muscular e reforçar o sistema imunitário. A massagem relaxante acalma a mente e reduz o estresse físico e emocional que o corpo vai acumulando no dia a dia.
A massagem holística proporciona diversos benefícios aos praticantes, como reduzir o estresse geral e a ansiedade; aumentar os níveis de energia; aliviar a tensão e rigidez muscular; elevar a mobilidade e flexibilidade; estimular uma melhor circulação; melhorar a elasticidade da pele; reforçar o sistema imunológico; promover relaxamento geral; melhorar o padrão de sono; diminuir a fadiga física e mental; ajudar a reduzir a pressão alta.
Existem várias massagens que atendem a uma série de necessidades das pessoas, como sueca, shiatsu, drenagem linfática, pedras quentes, desportiva.
Ayurveda. De origem indiana, este conhecimento agrega em si mesmo princípios relativos à saúde do corpo físico, de forma a não desvinculá-los e considerando os campos energético, mental e espiritual. A sua utilização é voltada para prevenir e curar doenças. No Ayurveda, o corpo humano é composto por cinco elementos – éter, ar, fogo, água e terra –, que compõem o organismo, os estados energéticos e emocionais e, em desequilíbrio, podem induzir o surgimento de doenças.
Os tratamentos consideram a singularidade de cada pessoa, e utilizam técnicas de relaxamento, massagens, plantas medicinais, minerais, posturas corporais, técnicas respiratórias, posições e exercícios e cuidados dietéticos.
Quiropraxia. Atua no diagnóstico, tratamento e prevenção das disfunções mecânicas dos sistemas neurológico, muscular e esquelético e seus efeitos na função normal do sistema nervoso e na saúde geral. Enfatiza o tratamento manual, como a terapia de tecidos moles e a manipulação articular ou “ajustamento”, que conduz ajustes na coluna vertebral e outras partes do corpo, favorecendo a correção de problemas posturais e o alívio de dores.
Reflexoterapia. Usa estímulos em áreas reflexas existentes nos pés, mãos e orelhas, com o objetivo de auxiliar na eliminação de toxinas, na sedação da dor e no relaxamento. A aplicação desta terapia permite, principalmente nos pés ou nas mãos, quando massageados, a reativação da homeostase e do equilíbrio nas regiões com algum tipo de bloqueio.
Shantala. Esta massagem para bebês e crianças é feita pelos pais, e é composta por uma série de movimentos que favorecem o vínculo entre estes. Proporcionam benefícios decorrentes do alongamento dos membros e da ativação da circulação. Como benefícios, promove a saúde integral; harmoniza e equilibra os sistemas imunológico, respiratório, digestivo, circulatório e linfático; estimula as articulações e a musculatura; auxilia o desenvolvimento motor, entre outros processos.
