Um vídeo em que uma mulher afirma que a prefeitura de Londrina destinou R$ 40 mil por meio de programa de incentivo à cultura, para a realização da Parada LGBTQI+ circula os grupos de WhatsApp e redes sociais na cidade.
Nas imagens, a mulher mostra imagens do evento que aconteceu no último domingo (06) no Centro Social Urbano (CSU) e faz críticas a danças que eram apresentadas no local, e afirma que as apresentações não se tratavam de manifestação cultural.
Ao mesmo tempo ela fala que a parada foi financiada com dinheiro público e apresenta uma edição do Diário Oficial do Município onde o projeto é listado como habilitado a receber recursos do PROMIC. (programa de incentivo cultural).
[ É MENTIRA! ]
O projeto Comprova, do 24H News, buscou informações oficiais para saber se, de fato, houve destinação de recursos para o evento. E descobriu que na realidade, a Parada LGBTQI+ de Londrina foi promovida com recursos próprios, através de patrocínios e arrecadação social.
O único apoio institucional da prefeitura, ao custo de R$ 2,3 mil, foi a disponibilização de dez banheiros químicos para os participantes do evento. Nada mais.
Com o tema espinhoso, a Câmara Municipal de Londrina, por meio do vereador Ailton Nantes, logo correu para espelhar a notícia falsa, e questionar a gestão sobre a afirmação feita pela mulher que compartilhou a mentira.
Outros vereadores também compartilharam a desinformação em tom crítico à prefeitura de Londrina acerca do evento.
Em resposta, os organizadores da parada mencionaram que o evento ocorreu com recursos arrecadados pela própria organização.
Quanto ao edital:
A menção sobre a parada em Jornal Oficial aconteceu somente porque, o projeto foi habilitado para receber os recursos, depois de ter sido, em primeiro momento, desclassificado. Mas isso não significa que a proposta foi escolhida como destino dos recursos para a Cultura.
Nantes encaminhou um ofício ao prefeito requerendo essas informações e foi respondido. O vereador é o mesmo que, com base em uma notícia falsa, fez uma indicação ao Governo Federal para que fosse proibida a fabricação de “bonecas trans” no Brasil.