Pacientes com problemas respiratórios lotam unidades de saúde de Londrina

Derick Fernandes
4 min de leitura
Foto: Colaboração / 24Whats
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O aumento repentino de pacientes com problemas respiratórios causa lotação nas principais unidades de saúde de Londrina. A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Sabará, na zona oeste, referência em casos desse tipo, registrou superlotação e demora de mais de seis horas nesta terça-feira (04).

Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SESA), além de Londrina, também há superlotação em postos de saúde de Curitiba, Guarapuava e nas cidades do litoral como Paranaguá e Pontal do Paraná.

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Lotação na UPA Sabará na noite de terça-feira (04) irritou os pacientes – Foto: Colaboração / 24Whats

A procura pode estar relacionada à variante Ômicron, que oficialmente ainda não teve nenhum caso confirmado no estado, no entanto já é tratada como uma realidade pelas autoridades de saúde. A secretária da pasta em Curitiba, Márcia Huçulak, acredita que os casos da Ômicron podem ser predominantes na capital.

No caso de Londrina, ainda não há nenhum dado oficial que possa explicar o porque da disparada das síndromes respiratórias na cidade, e a consequente pressão sobre o sistema de saúde. A prefeitura, no entanto, ainda avalia que o motivo pode ser relacionado ao surto de Influenza A H3N2 que ocorre no Paraná, já que os dados da Covid-19 estão estáveis.

DEMORA NO ATENDIMENTO

Na terça-feira pacientes que aguardavam por atendimento na UPA Sabará registraram imagens que mostram várias pessoas esperando para serem chamadas. Alguns relatos mencionaram que outros pacientes se deitaram no chão enquanto esperavam.

A Secretaria de Saúde garante que há médicos escalados nas Unidades de Saúde, mas que busca distribuir o atendimento dedicando postos de saúde, como no caso do UBS Vila Casoni, na região central, para tratar exclusivamente das síndromes respiratórias.

O secretário Felippe Machado anunciou na tarde de terça que a partir de quinta-feira (06) a escala de médicos no Sabará será reforçada, e que o Centro de Triagem, montado em uma tenda na frente da UPA será reativada para agilizar o atendimento.

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Machado informou que Saúde vai dedicar UBS da Vila Casoni somente para síndromes respiratórias – Foto: Vivian Honorato

Também será nesta data que a UBS da Vila Casoni passara a atender exclusivamente casos suspeitos de Influenza, Covid-19 e síndromes respiratórias.

CASOS DE H3N2

Até o momento, Londrina tem confirmados oito casos da Influenza A H3N2. Os pacientes tiveram quadros leves e apenas dois necessitaram de internamento, mas tiveram alta médica em dois dias.

Os principais sintomas da H3N2 são febre alta e tosse, dores de garganta, cabeça, corpo e articulações. Variante do vírus Influenza A, a H3N2 é um dos principais responsáveis pela gripe comum e pelos resfriados.

A transmissão ocorre entre as pessoas por meio de gotículas liberadas no ar quando a pessoa gripada tosse ou espirra. Assim como a Covid-19, a prevenção deve ser feita com distanciamento físico entre as pessoas, uso de máscara e higiene das mãos.

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