Sob protestos, deputados aprovam projeto de Ratinho para privatizar a Copel

Governo nega privatização, mas na prática vai transferir controle da empresa a acionistas privados e abrir mão da majoritária.

Derick Fernandes
3 min de leitura
Deputados ignoraram protestos e aprovaram privatizaçãoFoto: Divulgação
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Sob protestos e com uma discussão que teve menos de dois dias, os deputados estaduais apreciaram e aprovaram nesta quarta-feira (23), em primeira votação, o projeto de lei enviado pelo governador Ratinho Júnior que privatiza a Companhia Paranaense de Energia (Copel), diminuindo o controle do estado nas ações da empresa.

A segunda votação estava prevista para acontecer ainda nesta quarta (23), entretanto, emendas fizeram a pauta voltar para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A proposta retorna ao plenário na quinta-feira (24) às 8h30.

Servidores da Copel além de movimentos sindicais ocuparam as galerias da Assembleia Legislativa do Paraná, que ignorou os protestos e aprovou a medida com o apoio da ampla maioria dos deputados. Nem todos os manifestantes tiveram permissão para acompanhar a sessão e parte deles ficou na entrada da ALEP.

Depois da votação houve uma confusão, e por conta dos ânimos acalorados, o presidente da Casa, deputado Ademar Traiano (PSD), suspendeu a sessão por cinco minutos.

VEJA COMO CADA DEPUTADO VOTOU:

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O projeto do governo chegou á ALEP em regime de urgência na segunda-feira (21), pedindo a transformação da Copel em uma corporação, mudando o capital da empresa de aberto para disperso, e tirando o Paraná da posição de acionista controlador.

Com a aprovação do projeto, o governador Ratinho Junior quer transferir o controle da estatal para a iniciativa privada, e tira o estado como acionista majoritário da companhia.

Foram 38 votos favoráveis e 14 contrários na primeira votação que discutiu a pulverização do controle da Copel. Se aprovado em segundo turno, Ratinho terá sinal verde para reduzir a participação do governo no capital social da Copel de 31% para, no mínimo, 15%.

Os parlamentares da oposição observam a manobra do governador como uma forma velada de privatização da Copel, o que o governo nega.

No dia em que começou a tramitar o PL, a Copel teve aumento nas ações da Bolsa de Valores B3, em São Paulo, após emitir comunicado informando a intenção de o governo parar de ser acionista majoritário da companhia.

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